O Gauchão Feminino de 2020 tem suas finalistas conhecidas após duas rodadas. É um campeonato mais curto, com apenas seis equipes divididas em duas chaves de três em turno único, onde todas jogam contra todas dentro do grupo. As duas melhores de cada chave avançam para a decisão.
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Um campeonato modesto em um ano completamente atípico. Estamos diante de uma pandemia. Mais de 177 mil vidas já foram perdidas em todo o país devido a Covid-19. Só a realização do campeonato já merece ser louvado, mas fico me perguntando se nada mais poderia ser feito.
Acompanho o Gauchão Feminino desde 2017. Naquele ano havia 15 equipes disputando o campeonato. Cinco, das quinze, estavam no campeonato de 2020. Além de Grêmio e Internacional estavam naquele certame João Emílio, Oriente e Estrela. Houve uma evolução nos trabalhos da dupla, embora ainda longe do ideal.
Lembro de como era complicado acompanhar o estadual de 2017. A falta de organização era muito grande. Faltava apoio logístico e financeiro. Algumas equipes ficaram pelo caminho durante a realização do campeonato. Compreendo que era o melhor que poderia ser feito.
No ano seguinte, a comemoração do título do Grêmio, no Beira-Rio, em cima de uma mesa, sem um podium, chamou a atenção do país. Aquele campeonato contava com 10 equipes. Um ano “matou” cinco equipes do futebol feminino. É isso o que mais dói e incomoda.
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Como ter um campeonato forte se não existe investimento da Federação? Investimento é dinheiro da federação e busca de patrocínio para toda a categoria. Manter essas equipes vivas durante a temporada, permitindo que as atletas não tenham que dividir seu tempo com trabalho, mas que o futebol as sustente.
Toda minha força e admiração para as mulheres que estão participando do estadual, em especial as dos quatro pequenos clubes que estão brigando pelo sonho. Acreditem, vocês são sensacionais. O placar, não importa. Vocês já ganharam.